CONGRESSO DA MISERICORDIA

Muitas foram as maneiras que nossa paróquia Santo Antônio de Pádua, de Ibimirim-Pernambuco, encontrou para vivenciar o Ano Jubilar da Misericórdia.

 

Foi um tempo muito proveitoso que finalizou com o I Congresso da Misericórdia. O mesmo aconteceu nos dias 5 e 6 de novembro e teve como tema: “A Misericórdia e o perdão”.

 

A assessoria foi do Padre Clóvis Cabral, jesuíta, que desenvolveu as conferencias a partir do texto bíblico do Filho Pródigo. Lembrando-nos que a mensagem de Lucas no capítulo 15 é uma mensagem de amor, mais não qualquer amor, senão o amor misericordioso, amor extremo/ incondicional/ amor que vai até as entranhas/ dentro da gente, ou seja, faz a gente dar para a outra pessoa tudo o que há dentro nós.

 

Lembrou-nos também que que existem muitas possibilidades para amar. Nós não amamos do mesmo jeito nem com a mesma intensidade. Existem múltiplos jeitos de amar pois nós somos múltiplos e diferentes; cada um de nós é único e irrepetível, tudo que vivemos, nossas escolhas, foram construindo nosso caminho, um modo único de nosso ser. Por isso cada um pode ouvir e extrair  coisas diferentes, escutar, compreender a partir do ponto de vista que é meu. Daí que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”. Nunca estou sozinho com meu ponto de vista, ele é um entre muitos, não podemos pensar que o nosso é o  melhor. Então como conviver com o múltiplo com o diferente...na parábola de Lucas podemos encontrar elementos que nos ajudam a caminhar juntos na pluralidade.

Destaco alguns pontos bem trabalhados neste Congresso, a partir da parábola do Filho Pródigo:

 

· O que nos faz ser pessoas é o amor, mais não qualquer amor é o amor misericordioso;

· O amor tem duas forças, uma masculina (rigor/ firmeza) e outra feminina (carinho/ misericórdia);

· O Pai deixa partir, dá liberdade;

· O problema não é pedir a parte da herança, o problema é o que vou fazer com ela. “O mais importante da vida não é aquilo que fizeram comigo,  mas o que vou fazer com aquilo que fizeram de mim” (Jean-Paul Sartre). Dor e sofrimento estão presentes na vida de todas as pessoas, o problema é o que eu faço na  dor e no sofrimento;

· Dar a volta por cima: o jovem reconhece a queda e não desanima “ levanta -se sacode a poeira e dá volta por cima”. Uma pessoa adulta é alguém que faz essa experiência,  sozinho ninguém sobrevive;

· O filho que estava mais longe fisicamente é o que estava mais perto espiritualmente e o filho mais velho, que estava mais perto fisicamente, é o filho que estava mais longe espiritualmente do pai. Amor não é uma questão de proximidade física. Posso estar perto de alguém e não conhecer essa pessoa, não amá-la;

· O amor passa pela matéria, pelo corpo, pela proximidade, pelo físico mais não se esgota nisso pois o mais importante é a profundidade, é o amor de entranhas, amar profundamente sem possuir o outro;

· Devemos ser capazes de ser interpelados pelos pobres “quem me vê, vê o Pai”;

· O perdão é algo fundamental para o ser humano, para se tornar mais humano,  para se tornar uma pessoa madura e equilibrada;

· Para perdoar precisamos aprender a perdoar-nos, cuidar das marcas do passado, deixar o passado para trás. O Pai não pergunta nada, o Pai acolhe, abraça o filho, faz a festa, faz trazer túnica, anel, sandálias. Não há que ter vergonha de quem somos, aceitarmos como somos, para isso precisamos construir espaços de liberdade dentro e fora de nós.

 

O Congresso culminou com a Celebração Eucarística, na qual participaram os congressistas e a comunidade paroquial.

 

Assim encerramos o Ano Jubilar da Misericórdia em nossa paróquia. Por tudo damos graças a Deus!

 

Ir. Viviana Beatriz



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