Haiti - Ainda há esperança

Imagino que já é do conhecimento de todos, a grande catástrofe que ocorreu no Haiti no período da passagem do furacão Matthew, que passou devastando tudo: árvores, casas, plantações, postes elétricos tornaram-se um nada para ele, infelizmente muitas vidas também se foram. Em Porto Príncipe apenas sentimos o seu reflexo. Mesmo assim fomos surpreendidas por uma ventania tão grande que as árvores pareciam que iam sair pelas raízes. Infelizmente em muitos lugares não só parecia como de fato cidades inteiras foram devastadas pela sua força incontrolável.  Alguns vilarejos foram engolidos pelo mar. Em muitos desses lugares,  Abaku, Jeremi, Corail e Beirot estão presentes missionários brasileiros. Os mesmos ficaram uma semana incomunicáveis. Com isso não sabíamos o que tinha acontecido com eles. Com as estradas interditadas dificultava mais ainda.  Logo que liberaram as estradas, fizemos uma visita fraterna a todos eles. Alguns tão emocionados ainda não conseguiam falar. Em muitos momentos as palavras cessavam e as lágrimas fluíam. Apenas choravam. Além da visita fraterna aos missionários fomos escutar um pouco também quais os maiores clamores do povo, pois os mesmos estavam sem rumo, sem casa, com fome, perderam os poucos animais e plantações, ou seja, perderam tudo. Ao chegarmos em Porto Príncipe nos reunimos aos demais brasileiros para vermos juntos como fazer para chegar aos que mais precisavam. Muitos se encontravam escondidos por trás das montanhas.  Vimos que o mais urgente seria a compra de medicamentos, telhas, comidas e sementes pois muitos vivem da lavoura. Priorizamos, urgentemente, a compra de medicamentos, pois uma epidemia de cólera começou a se alastrar no país aumentando ainda mais o número de mortos. Com as ajudas recebidas, inclusive da nossa Congregação, foi possível comprar uma grande quantidade de medicamentos, e um pouco de alimentos. Irmã Vanderleia e Zenaide, que fazem parte da nossa comunidade, junto a outros missionários, foram liberadas para ficarem duas semanas nestas localidades e fazerem uma espécie de atendimentos ambulantes. A situação do país não está fácil e as resoluções não serão de imediato, porém o que nos alegra são os gestos de solidariedade manifestados de muitas maneiras. Isto nos fortalece, encoraja e não deixa morrer a ESPERANÇA.

Ir.Ideneide – Haiti 



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