Igreja equatoriana escuta o povo indígena

Descobrir a semente do verbo na cultura, com amor e simplicidade.

 

Nos dias 21 a 23, reuniram-se aqui em Puyo, os membros da REPAM-Rede eclesial panamazônica. Participaram  representantes de 7 países  que têm região amazônica: Brasil, Peru, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa e Equador, num total de 143 pessoas, dentre eles o cardeal Dom Cláudio Hummes que é o presidente da REPAM, bispos dos Vicariatos da região amazônica daqui, vários religioso/as.

 

Representantes de várias nações indígenas do Equador contaram experiências de sua organização e de como os ancestrais cuidavam da natureza, viviam sua fé e espiritualidade numa relação muito próxima com a natureza. Nas partilhas foi aparecendo o peso da colonização, as formas de dominação e como a Igreja estava presente ora ajudando a libertar, ora impondo uma Igreja europeia sem respeitar as expressões culturais e religiosas dos povos indígenas. Para eles a vida organização e a religião não se separam, Deus está presente em tudo. Refletiu-se a partir de algumas perguntas:  Como seria uma Igreja com rosto indígena? Escutou-se os próprios indígenas: Que respeite sua forma de viver, conservando sua espiritualidade, resgatando sua cultura e língua. Que acompanhe o que já têm e não chegue impondo. Que ajude na defesa da vida e todos nos sintamos missionários cuidando da criação.

 

Um forte grito foi a falta de missionários para acompanhar as comunidades indígenas e ajudar aos jovens que sentem vergonha de suas raízes e já não querem assumir sua cultura.

 

Algumas propostas:

Renovar as lideranças indígenas, sensibilizar os missionários para sentir o sofrimento do povo, dar atenção às problemáticas de terra, exploração petroleira que expulsa o povo do seu território, formar líderes da própria comunidade, instituir ministérios laicos, a Igreja acompanhar as organizações, apoiar os jovens com a arte.

 

Dom Claudio em sua fala, incentivou os participantes a fazerem propostas ousadas ao Papa Francisco, disse que ele quer fazer mudanças mas necessita de propostas escritas e assinadas.

 

Os momentos celebrativos foram muito bonitos, com ritos, símbolos e espiritualidade indígena. No domingo encerrou-se com uma bonita celebração onde fomos enviados/as por representantes de cada nacionalidade e pelo bispo responsável, para levarmos esta boa notícia da REPAM a todos, para que cuidemos com amor  da nossa casa comum.

Irmã Gorete



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